terça-feira, 24 de julho de 2007

O povo brasileiro trabalha para um governo que não se importa com suas vidas

Você consegue imaginar a vida de um sujeito que chega em casa depois de um dia inteiro de trabalho; antes de sair ainda acessou o site do seu banco para pagar as contas normais de uma residência de classe média (energia/contribuição ilum. públ., água, telefone fixo/internet banda larga), fora o supermercado de ontem, aquela cervejinha com os amigos no final-de-semana e uma chamego à sua garota. Depois de pensar nisso tudo, como um flash em sua cabeça, ainda toma fôlego para entrar em casa, e logo vem a lembrança de coisas domésticas pendentes tais como, trocar a água do bebedouro, trocar o gás que também já acabou e das portas do banheiro e do quarto que não fecham direito. Todas essas coisas envolvem capital, dinheiro, grana, enfim a nossa moeda agora forte, o real. Mas esse é um tema para um texto posterior. O sujeito em casa, depois de se lamentar ao pensar nisso tudo ainda lembra que precisa comprar um step pro seu carro, pois roubaram-o de seu carro, mês e meio atrás, junto com seu óculos escuro, seu CD-player e o celular de um amigo. Sem mais pensar em coisas do trabalho, o que raramente acontece, o tal sujeito toma seu banho, come seu lanche e ao deitar-se é quando sua rotina se fecha num ciclo que se repete diariamente, sistematicamente. Abstendo-se muitas vezes das coisas que lhe dão prazer de viver, como curtir a piscina, fazer churrascos e bater bola com os amigos, fazer muito sexo, obviamente, e uma outra grande quantidade de atividades, que também ‘custam’ (num outro sentido, recompensador) ao sujeito, ele se depara com a incompetência e crueldade dos governantes de seu país, que ficam com uma quantidade enorme de nossas recompensas financeiras, que representa a nossa força, energia é fé empreendidas de hora-em-hora, dia após dia, todos os dias de nossas vidas, e não as dão a mínima importância. Ao entregar uma obra as pressas e mal-acabada, o governo, mais especificamente a Infraero, decretou a morte de mais de 180 pessoas esses dias em São Paulo, para não falar do acidente da Gol em setembro passado. Antes de se entregar completamente ao cansaço e cair no sono, o sujeito fecha os olhos e conclui que trabalha excessivamente para alimentar um governo ignorante, ineficiente ao máximo e que não lhe dá o mínimo retorno imediato, quem dirá à médio-longo, aliás faz quase que completamente ao contrário.

PS. Esse é no mínimo um crime contra a humanidade, contra sua pátria, caro Sr. Lula. Apenas queria lhe informar que muitos estadistas populistas foram, de alguma forma e num tempo depois, massacrados por seus próprios condecoradores.