sexta-feira, 25 de maio de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
domingo, 13 de fevereiro de 2011
O quê a política entende de Natureza?
O Código Florestal Brasileiro (CFB), datado de 1967, vem sendo questionado pela bancada ruralista do Congresso Nacional Brasileiro. Em nível nacional, estão questionando a validade do mesmo diante de uma demanda cada vez maior por alimentos e desenvolvimento social. Vale lembrar que desenvolvimento social nunca foi prioridade governos brasileiros, conforme mostram os investimentos anuais em educação e saúde, que deveriam ser crescentes, mas estão sempre entre as últimas da lista política, pois em essência, não garantem votos para as eleições. Invariavelmente, educação e saúde são as maiores bandeiras em épocas de campanha eleitoral, mas são esquecidas com a mesma intensidade nos anos que se seguem.
Voltando ao Código Florestal, a idéia básica é aumentar a área produtiva (diminuindo as áreas de reservas florestais) para, consequentemente, aumentar produção, principalmente dos pequenos proprietários, e assim alavancar a economia brasileira, dizem eles. Além de emitir, sem qualquer tipo de ressentimento, o atestado de óbito de milhares de pessoal anualmente, o governo ainda perdoará o passivo ambiental dos ‘sem-reserva’, sejam eles pequenos ou grandes proprietários.
A perda de vidas por negligência politica é fato demonstrado e erro recorrente. Se o Código Florestal Brasileiro fosse cumprido, ou ao menos tentado a sê-lo, os estragos teriam sido bem menores. Isso é outro fato, que pode ser cientificamente comprovado, e não é difícil de fazê-lo. Qualquer técnico com um pouco de informação sobre geografia e ordenamento territorial poderia sobrepor os limites de Áreas de Preservação Permanentes (APP’s), preceituadas pelo CFB, às áreas afetadas pelas chuvas e analisar quantas das áreas afetadas estão dentro das APP’s. Além de não entender nada de processos naturais, aos quais estamos condicionados desde o início e estaremos até o fim (a não ser que efetivamente colonizemos outro planeta), a política brasileira ainda desdenha de seu povo, do conhecimento que seus cidadãos produzem, e o mais grave, permite que milhares de pessoas morram, sem prestar qualquer tipo precaução. Os desatres naturais que aconteceram ao mesmo tempo na Austrália foram maiores que os da região serrana do Rio de Janeiro em 2011. Por que lá o número de mortos foi muito menor?
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
A Supremacia da Serra do Mar
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
O REAL VALORIZADO E O MESMO BRASIL DE SEMPRE
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
RECLAMO SIM!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Retrocesso ambiental brasileiro diante às tendências mundiais
Stephanes argumenta que a revisão do Código Florestal é imprescindível para o desenvolvimento do país como uma potência agropecuária no cenário mundial, até mesmo no setor de biocombustíveis. Os argumentos que ele apresenta para tais modificações encontram respaldo em recente estudo publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), unidade Monitoramento por Satélite, localizada em Campinas, SP. Neste estudo, liderado por Evaristo de Miranda, a lei ambiental brasileira é colocada como principal entrave para a ampliação de áreas agricultáveis, com potencial promissor para alavancar a balança comercial brasileira e firmar o Brasil como líder mundial do setor. Segundo este estudo, se o código fosse cumprido à risca (isso nunca aconteceu desde sua publicação em 1965), apenas 30% do país estaria disponível para a expansão do agronegócio brasileiro.
Os resultados deste estudo estão sendo duramente criticados pelos próprios técnicos daquela unidade da Embrapa, que argumentam a falta de critérios claros e de metodologia precisa para as conclusões tiradas. Ao que nos parece, os resultados e conclusões se alinham aos anseios da bancada ruralista e empresarial, que demanda de expansões em seus setores para justamente, saírem ilesos da atual crise econômica mundial.
De fato, o cumprimento à risca do nosso código florestal, considerando também as diversas áreas protegidas do país, o nosso montante protegido é bem satisfatório ao que se destina. Porém, nossa área destinada à agricultura também é muito grande, e pode aumentar sua produtividade com uso de tecnologias agrícolas modernas, que suprirão a crescente demanda por alimentos durante dezenas de anos. O próprio presidente Lula sabe disso e já falou publicamente estas mesmas palavras. O vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes disse que não é preciso derrubar mais uma árvore sequer para termos uma pecuária moderna e produtiva durante o 22º Encontro de Tecnologias para a Pecuária de Corte, que aconteceu no final de abril, em Campo Grande. Do outro lado dessas mentes sóbrias e com visão de futuro e, como se não bastasse o empenho do ministro Stephanes em depreciar nosso código florestal, o Supremo Tribunal Federal acaba de derrubar de piso para teto, os 0,5% do valor do empreendimento, em caso cabíveis de multa ambiental. Como se as leis ambientais fossem cumpridas e os infratores devidamente penalizados. Um dos exemplos mais evidentes com relação ao descaso com as questões ambientais e à irresponsabilidade social foi dado pelo governo de Santa Catarina. Como se não bastassem os desabamentos que ocorreram neste estado no início do ano, como decorrência do mau uso do solo e plantio em Áreas de Preservação Permanente (APPs) (justamente as áreas que estão na mira do ministro da agricultura), o governo deste estado decretou a diminuição das APPs de 30m de faixa para apenas 5m no caso de propriedades localizadas em regiões de nascentes e de pequenos córregos. Além de ser conivente com as mortes decorrentes dos desabamentos no início deste ano, o governo catarinense dá enormes passos para trás com relação ao seu meio ambiente e à sua sociedade, além de confrontar, em ato claramente inconstitucional, a avançada legislação ambiental brasileira.
Para concluir, tomamos emprestadas as palavras da ex-ministra do meio ambiente Marina Silva “no momento em que o mundo reconhece, em meio ao final de festa de um modelo consumista, poluidor e concentrador de riquezas, que a saída envolverá forte guinada para uma relação mais equilibrada com o meio ambiente. E, justo quando poderíamos assumir liderança inconteste nesse rumo, mergulhamos no atraso“ (Folha de S.Paulo, 20/04/2009). Até quando deixaremos a ganância, o poder e o lucro a qualquer custo derrubarem nossa racionalidade, sensibilidade e humanidade, que são os únicos caminhos que podem nos levar a um futuro mais justo, seguro e sustentável?
terça-feira, 12 de maio de 2009
Passeio por uma Terra Encantada pelas Águas
Após o desgaste gratificante do planejamento estratégico organizacional da Associação de Proprietários de Reservas privadas do Mato Grosso do Sul (REPAMS), os Srs. Eduardo Coelho, Rodrigo Castro e Laércio Machado e eu rumamos para as três principais atrações turísticas de Mato Grosso do Sul: à flutuação no rio da Prata (RPPN Cabeceira do Prata), à futura e magnífica experiência turística subaquática “Lagoa Misteriosa” e ao Buraco das Araras. Todas elas são formidáveis e cada uma promove ao seu visitante uma sensação diferente, um sentimento único. Na Cabeceira do Prata, os turistas são convidados à quase tocarem peixes como o dourado, a piraputanga e os pacus; munidos de máscaras e snorkel os visitantes percorrem um trecho de mais de 2.000 m do rio, com duração aproximada de 1,5h de flutuação passiva (porém com certa adrenalina em alguns trechos), por onde se pode apreciar a rica natureza subaquática e lembrar daquela forte ligação com a água, que todos os seres vivos tem. Na Lagoa Misteriosa flutuamos nas suas águas azuis e sobre um abismo visível enorme logo abaixo (ai se alguém tirar a tampa lá de baixo! rss). Isso nos fez sentir o quão pequenos somos diante a magnitude da natureza. Por outro lado, a grandiosidade de vivenciar aquilo e sentir-se parte de uma coisa maior, nos torna humanos e nos aproxima dos céus! O espetáculo das araras vermelhas, canindés e outras centenas de aves fica por conta do Buraco das Araras. Lá é possível perceber que ainda restam lugares seguros para a nossa exuberante fauna silvestre. Essas belíssimas reservas, pertencentes à proprietários rurais, demonstram que é possível desenvolver a captação de recursos e a conservação de espécies e habitats, ao mesmo tempo em que se promove o prazer e o bem-estar humanos. (George Camargo, 09/05/2209).
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O que Einstein disse sobre a crise?
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções.
A verdadeira crise é a crise da incompetência.
O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo.
Em vez disso, trabalhemos duro.
Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
Portanto, faça diferente do que você vem fazendo até agora!
sábado, 6 de dezembro de 2008
A tal da sustentabilidade
Fernando Fernandez |
14/11/2008 |
Nem sempre assim é, mesmo se lhe parece.
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http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/20233-a-tal-da-sustentabilidade
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
REFLEXÃO SOBRE A PERCEPÇÃO DE VALORES
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de três milhões de dólares. Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo (http://br.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw), mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares, e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser? Essa experiência mostra como na sociedade em que vivemos os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia, e pelas instituições que detém o poder financeiro. Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.